domingo, 2 de maio de 2010

PLAYGROUND: MODO DE USAR




DICAS: segundo a ONG Criança Segura, 90% dos parquinhos brasileiros estão em desacordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de 1999. É preciso verificar as condições dos brinquedos e ficar sempre por perto para evitar contratempos. Saiba o que observar:
Piso: deve ser de areia ou borracha, para absorver impactos;
Acabamento: não deve haver parafusos ou pregos expostos;
Conservação: brinquedos com lasca de madeira ou enferrujados não devem ser utilizados;
Temperatura: playground mais antigos possuem brinquedos feitos de metal. Nos dias quentes eles se aquecem e podem causar queimaduras nas crianças.
Limpeza: observe as condições de higiene do parquinho. Água empoçada, papéis espalhados, objetos pontiagudos e excremento de animais trazem risco.
O ideal é que o tanque de areia esteja sempre fechado quando fora de uso.
Supervisão: nunca deixe as crianças sozinhas no parque. Elas podem subir na trepadeira e depois precisar de ajuda para descer. Fique por perto sempre.
Existe muito mais nos brinquedos do parquinho de seu filho do que você imagina...
Seja de um balanço ou um prosaico tanque de areia.
Os brinquedos como escorregador, gira-gira e trepa-trepa desenvolve habilidades na criança que serão úteis para o resto da vida dela.
A brincadeira aguça os sentidos da criança, ajudando-a a compreender o mundo e novas relações sociais Quando está no balanço aprende na prática conceitos como devagar e rápido, alto e baixo. No tanque de areia pode ter de dividir a pazinha e o baldinho com outros amigos.
A brincadeira é o caminho para que ela desenvolva todas as suas habilidades, sociais, psicomotoras e cognitivas, explica Maria Cristina de Oliveira, mãe de Ana Carolina e Sofia, terapeuta ocupacional.
Segundo ela, a privação dessas atividades pode fazer com que a criança apresente dificuldades no planejamento motor. “A experiência corporal é a base para que a criança possa, com o tempo, organizar seu comportamento.
O ideal é mostra todos os brinquedos e fazer com que ela mesma escolha o que ela quer fazer. No caso de a criança não querer brincar com determinado brinquedo, melhor não forçar. Se a criança adora uma gangorra, ou um escorregador, não insista.
Uma estratégia é procurar um brinquedo equivalente que lhe dê mais segurança, como uma rede, no caso das crianças não gostarem de balanço.
O brinquedo precisa proporcionar o desafio na medida certa. O obstáculo não pode ser grande demais, que a criança se fruste, e não pode ser pequeno demais, que ela perde o interesse.
Quando a criança tem um contato físico com o brinquedo, ele oferece a ela um estímulo tátil; a criança sente a textura e a temperatura do material. O vento que bate na criança quando ela balança também é um estímulo.
A parte visual também é importante; no balanço e no gira-gira o campo da visão está em constante alteração. A visão do espaço se modifica o tempo todo, ajudando a criança a estabilizar a imagem, apesar do balanço – fundamental para o equilíbrio.
A gangorra e o gira-gira ajudam na socialização, conciliando sua vontade com a dos outros amigos. A sociedade está cada vez mais individualista e a maioria dos casais tem um único filho, que tem pouco contato com outra criança, que precisa de outro amigo para brinca, e...criança precisa de outra criança.
Os brinquedos ajudam também no condicionamento físico e fortalecimento do tônus muscular.
Balanço:
Idade: qualquer idade, mesmo bebês.
Modo de usar: no início os pais podem se sentar junto com a criança no brinquedo, para que o filho se preocupe com o movimento de ir e vir. A criança poderá se sentar sozinha quando já estiver com a coluna ereta e tiver força para se segurar, mas ainda precisará de ajuda para se balançar, até encontrar a força exata para que possa movimentar o brinquedo sem perder o equilíbrio.
Indicações: o brinquedo estimula o sistema vestibular. Localizado no ouvido interno, esse sistema nos informa sobre a movimentação do corpo no espaço e é fundamental para o equilíbrio e a coordenação. O balanço também desenvolve um outro sistema de nome complicado, o proprioceptivo, que nos informa sobre a posição do corpo no espaço e é essencial para o planejamento dos movimentos.
Cuidados: os acidentes mais comuns são tombos e batidas em crianças que passam atrás do brinquedo em movimento. Bebês devem ser segurados. Os maiores devem esperar sentados e esperar o balanço parar para descer. Não deixe uma criança empurrar a outra.
Trepa-trepa:
Idade: a partir dos dois anos, para brincar no trepa-trepa a criança precisa ter equilíbrio e força.
Modo da usar: estimula o planejamento motor. No início, ela precisa de muita atenção e concentração para passar de um lado para outro no brinquedo, mesmo utilizando as barras mais baixas. Com o tempo adquire precisão nos movimentos e segurança.
Indicações: o trepa-trepa estimula a integração entre o corpo, o brinquedo, o ambiente e outros amigos que podem brincar na mesma hora. “a criança aprende a lidar com a insegurança gravitacional”.
Cuidados: os pais devem sempre supervisionar a brincadeira, responsável por um grande número de quedas nos parquinhos.
Tanque de areia:
Idade: de bebês que já sentam sozinhos (9 meses) a crianças maiores.
Modo de usar: acessórios não são essenciais, pois a criança pode cavar buracos e construir castelos usando as mãos, mas baldinhos e pazinhas tornam a brincadeira mais interessante. Sem contar que é uma boa oportunidade para aprender a dividir seus brinquedos.
Indicações: propicia um grande estímulo tátil e ajuda a criança a soltar a imaginação. Ela pode construir um castelo, um robô, o que quiser...os pequenos também trabalham conceitos como cheio e vazio, dentro e fora.
Cuidados: os tanques de areia artificial, geralmente colorida, são mais higiênicos. Pais de crianças menores devem ficar atentos para que elas evitem colocar as mãozinhas na boca.

Para cada idade, um uso

Quanto menor a criança, maior é a supervisão que os pais tem de dar para que ela possa se divertir com segurança. Mas isso não significa que os pequenos não possam participar.
1. ganhando autonomia: conforme vão crescendo e brincando, meninos e meninas passam a explorar cada brinquedo com mais competência. Aos 2 anos a criança já consegue brincar sozinha no escorregador.
2. usando a criatividade: o desafio de subir as escadas e escorregar não será o mesmo quando ela tiver 5 anos de idade. Daí, ela encontrará outro uso para o brinquedo. Poderá subir pela parte onde deveria escorregar, e até mesmo descer de barriga para baixo.
3. novos desafios: quando a criança se aproxima dos 7 anos, brincar na gangorra ou no gira-gira passa não ter a mesma graça. É nessa fase que o leque de interesses se amplia, com a introdução dos jogos coletivos, como a queimada. A criança maior passa a sentir o limite do espaço.

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